Feira Literária coloca a Mega Banca no cartaz cultural da Ilha do Governador

06/11/2015
Feira Literária coloca a Mega Banca no cartaz cultural da Ilha do Governador

 

A Dinap entrevistou Pedro Santoro (38), dono da Mega Banca, que promoveu a 1ª Feira Literária da Ilha do Governador, evento muito bem sucedido que tornou a banca, que já é um ponto de troca de figurinhas famoso, também um centro de referência não somente em venda de livros, mas também em mangás, HQs e cultura em geral.

A feira, conduzida com maestria por Pedro, foi promovida por iniciativa própria e teve duração de três semanas, de 27/09 a 17/10. Recebeu um público surpreendente de quase mil pessoas diariamente e contou com apoiadores de peso, como rádios e jornais locais para a divulgação. A Associação Brasileira do Livro (ABL-RJ) contribuiu com a infraestrutura dos stands e materiais promocionais. Também marcaram presença artistas, escritores e expositores mais diversos, além de atrações como contação de histórias, teatros, palestras, DJ, sarau e até escola de samba.

Confira os detalhes da 1ª Feira Literária com todos os atrativos que um grande evento merece, custo zero para o jornaleiro e alavanca para colocar a Mega Banca em definitivo na rota da cultura do RJ.

Como surgiu a ideia de realizar esse evento?

Desde que a Dinap começou a fornecer livros, começamos a pesquisar algumas formas de alavancar as vendas. Passamos três anos alimentando a ideia de organizar nossa própria feira de livros antes de concretizá-la de fato este ano. Percebemos que nossa banca reunia uma série de fatores favoráveis para a realização do evento, como:

- Banca muito bem localizada em uma praça perto do Aeroporto Internacional Tom Jobim, e também do calçadão da Ilha do Governador;

- PDV muito conhecido no bairro, um famoso ponto de troca de figurinhas nos finais de semana. Inclusive ano passado quase entramos no Guinness World Records reunindo um público de quase mil pessoas para a troca de figurinhas;

- Carência grande de livrarias na região, sendo a livraria Nobel, que fica dentro de um shopping, a única concorrente desse segmento, para uma concentração de 300 mil habitantes.

Considerando nossa experiência em eventos na área, localização privilegiada, gratuita e bem conhecida à nossa disposição, aliados ao alto potencial de vendas frente à carência de PDVs na região, decidimos viabilizar nossa 1ª Feira Literária.

Comecei participando de reuniões na Associação Brasileira do Livro do Rio de Janeiro para convencê-los a viabilizar o projeto e ajudar na montagem dos stands em troca da receita de livros vendidos. Com a aprovação da ABL e autorização da subprefeitura para utilização da praça, definimos a data de 27/09 a 17/10, coincidindo com o aniversário do nosso bairro. A divulgação foi feita por meio de redes sociais, Facebook da banca e particular, que se estendeu para mais três jornais e rádios locais que se ofereceram como apoiadores.

Recebi apoio de amigos, professores e escritores que ajudaram a organizar a feira em troca de espaço para a divulgação de seus trabalhos. O projeto começou com apenas três pessoas e acabou com quase 100 apoiadores. Entre os expositores tivemos 60 escritores com seus livros e cinco artistas plásticos com quadros e obras de arte. Para atrativos e atividades tivemos grupos teatrais, de dança, contadores de histórias, sarau, escola de samba, debates políticos, palestras de psicólogos, professores de educação física e nutricionistas, todos apoiadores que traziam seus próprios banners, lonas e panfletos para divulgar suas marcas.

Como você classifica os resultados obtidos?
Muita gente não sabia que eu trabalhava com livro, hoje estou no cenário de foco. Herdei uma visibilidade que eu não tinha. Alguém pensa em comprar livros e logo associa à Mega Banca. Todos os escritores que participaram da feira agora deixam seus livros aqui e divulgam o nome da minha banca nas redes sociais.

O resultado foi muito bom com aumento significativo das vendas, não somente de livros, mas também de mangás e HQs. Aproveitei a oportunidade para formar grupos no Facebook e WhatsApp segmentados por perfis. Mesmo as pessoas que vieram na feira e não compraram livros acabaram comprando outros produtos.

Associei-me a algumas comunidades de cunho social e estão surgindo outras oportunidades para a banca aparecer e ficar no cartaz cultural do bairro.

A segunda edição da feira já está com data marcada ano que vem. Chamamos muito a atenção de empresas ligadas à cultura querendo participar e estamos analisando como fazer melhor a próxima, estabelecendo parcerias concretas. Acreditamos que o próximo será bem melhor, com o dobro de expositores e escritores. A ideia é abrir o espaço para pessoas que não têm onde divulgar seu trabalho literário e artístico. Nesta segunda edição queremos fazer um projeto literário em parceria com as escolas particulares e públicas. A ideia é que os alunos desenvolvam um projeto durante o ano letivo e coincidir a data de entrega da apresentação durante a feira. Ganhamos muita experiência este ano, falhamos em algumas coisas que a gente não sabia e pretendemos aprimorar para o próximo ano. Nossa maior falha foi não divulgar os acontecimentos e atrativos da feira durante o evento.




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