Fora da banca!

26/04/2013
Fora da banca!
por Anita Delmonte


                                   

Com o dia a dia cada vez mais corrido, muitas pessoas não dispõem de tempo suficiente para passar, ao final do expediente, na banca de jornal para comprar uma revista. Com iniciativas criativas, é possível chegar a esses consumidores que correm contra o tempo, e cada vez mais buscam conveniência e praticidade na hora de fazer uma compra. Duas iniciativas, uma em São Paulo e outra em Salvador, ilustram bem esse cenário: equipados com carrinhos de revistas, jornaleiros e vendedores chegam até os clientes e aumentam, em muito, as vendas de publicações nas regiões.

Localizada no CEAGESP (Central de Abastecimento do Estado de São), um grande mercado que abastece com frutas e legumes restaurantes e feiras livres da capital paulista e recebe diariamente uma média de 20 mil pessoas, a banca Quero Ler, de Sérgio Veronesi, é uma das que usa uma solução, simples, mas inovadora para chegar aos clientes. Equipado com um carrinho moderno, com investimento de R$ 2.000,00, um ajudante do jornaleiro consegue circular todo o espaço em busca de novas vendas.

“Temos o ponto há quase 15 anos e, antigamente, utilizávamos um carrinho de supermercados para transportar as revistas”, lembra. Mas a vontade de crescer levou Sérgio a procurar a equipe comercial de São Paulo da Dinap, em busca de um novo formato para o móvel. Depois de muita pesquisa, chegaram ao modelo atual, inaugurado há pouco mais de um mês, que expõe 100% da capa das publicações e vem com um compartimento interno para armazenar o estoque dos títulos mais vendidos. “Com a visibilidade maior para os títulos, chamamos mais a atenção dos clientes”, conta satisfeito com a iniciativa.

Elizabeth Peres, gerente de Canais da Dinap, conta que a iniciativa do jornaleiro foi fundamental para identificar a oportunidade e acionar a equipe comercial. “O jornaleiro já atuava com o carrinho e, quando, nos procurou, propomos um modelo que privilegiasse a exposição das capas. E para garantir que o jornaleiro tivesse publicações suficientes para a exposição, tanto na banca, quanto no carrinho, o reparte da cota também foi ajustado. Nossa expectativa é muito boa, pois o local tem um fluxo muito grande de pessoas e conseguimos dar mais visibilidade às revistas”, conta. 

Carrinho faz sucesso em aeroporto do Nordeste 



Na Bahia, uma ação semelhante foi implementada dentro do Aeroporto Internacional Deputado Luís Eduardo Magalhães, em Salvador. Em conversa com o sócio da livraria do local, Marcos Gomez, proprietário da distribuidora da capital baiana, teve a ideia de disponibilizar carrinhos com revistas dentro do embarque para chegar aos consumidores que aguardam, muitas vezes por horas, o momento de voar.

A negociação com a Infraero local foi fundamental para tirar o projeto do papel. “Como as obras de uma nova livraria, que ficará dentro do embarque, não tinham sido liberadas, pedimos autorização para utilizar dois carrinhos, que ajudariam a arcar com os custos do aluguel. O ruim é que temos que pagar também a utilização dos carrinhos. Mas até agora valeu a pena”, revela.

No carrinho, os clientes encontram revistas líderes nos segmento de informação, femininas, celebridades, masculinas e outros com boa procura no aeroporto. Para aumentarmos o ticket médio, também incluímos no mix publicações com margem maior, como as importadas. Considerando os finais de semana, períodos de maior movimento no aeroporto, os dois carrinhos chegam a faturar, juntos, R$ 1. 000,00 por dia.

Carrinho de revistas: saiba por onde começar

- Procure locais com grande fluxo de pessoas e onde exista espera, como rodoviárias, hospitais, mercados e aeroportos;

- Consulte, sempre, a administração do estabelecimento ou, se for o caso, a prefeitura da cidade antes de iniciar a empreitada. No caso de aeroportos, é preciso procurar um representante da Infraero local e negociar o ponto. É importante, também, negociar com a cota do local, que viabilizará o negócio;

- Evite fechar negociações de longo prazo, uma vez que é importante testar o retorno de vendas antes de seguir com o investimento no local. “Um contrato renovável é a melhor solução”, orienta Marcos, da distribuidora de Salvador;

- Por não se tratar de um ponto fixo, tente negociar o espaço sem passar por uma licitação;

- O carrinho pode ser desenvolvido por uma loja especializada em mobiliário urbano, no entanto, um marceneiro de confiança da sua região pode cobrar um preço bem mais acessível;

- Se você decidiu implementar um carrinho para aumentar as vendas do seu ponto, negocie antes com o seu distribuidor um aumento de reparte das publicações com maior saída e revisão do mix de produtos, já que com o carrinho você poderá chegar a um público diferente do que frequenta a sua banca.




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