Crédito na praça

Como escolher o momento certo, as opções e os cuidados na hora de pedir um empréstimo

18/12/2009
Crédito na praça
Como escolher o momento certo, as opções e os cuidados na hora de pedir um empréstimo
A edição 102 da Revista do Jornaleiro Dinap trouxe uma série de matérias especiais para começar 2010 com o pé direito, investindo no ponto de venda e crescendo cada vez mais. Para quem precisa de uma forcinha extra, a revista listou algumas opções de linhas de crédito para micro e pequenas empresas, além de informações para levar em conta na hora de decidir por um empréstimo.

Antes de mais nada, é preciso avaliar se o pedido de crédito é realmente necessário, como explica Miguel José Ribeiro de Oliveira, vice-presidente da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças e Contabilidade): "O empréstimo é a forma mais fácil de conseguir dinheiro. Muitas vezes, porém, o empresário pode quitar uma dívida negociando diretamente com o fornecedor".

Depois de estudar as opções e chegar à conclusão de que o empréstimo é a saída mais assertiva, chega a hora de pesquisar - e muito. Com a recuperação da economia, os bancos estão ampliando os prazos e reduzindo as taxas de juros, e ter em mãos diversas opções de financiamento facilita na hora de negociar pela melhor oferta. As condições também dependem das garantias oferecidas, é claro. "Quanto maior a garantia, menor a taxa de juros", explica Miguel.

"Aliado a tudo isso, o microempresário deve buscar a linha certa para o projeto dele", reforça Ary Joel de Abreu, diretor de micro e pequenas empresas do Banco do Brasil. Se o jornaleiro, por exemplo, pretende comprar um veículo para fazer entrega de revistas, informatizar o ponto de venda ou trocar a lata da banca, ele deve optar por uma linha de investimento. É o caso do Proger, um financiamento instituído pelo Ministério do Trabalho, com taxas, carências e condições específicas para micro e pequenas empresas. Disponível em âmbito nacional pelo Banco do Brasil e pela Caixa Econômica Federal, o plano conta com modalidades de investimento de até 400 mil reais e 96 meses para pagar ou de capital de giro, com teto de 100 mil reais, até 18 meses para pagar e taxas de juros de até 5,3% ao ano*.



Outra opção é o cartão BNDES, que funciona como um cartão de crédito para financiar a compra de produtos listados no site Cartão BNDES. "É uma boa alternativa para quem deseja investir na compra de equipamentos", garante Gustavo Portela, gerente regional de pessoa jurídica da Caixa Econômica Federal. Com limites de 800 a 500 mil reais, o cartão permite o parcelamento em até 48 meses e taxa de juros é pré-fixada pelo BNDES. Atualmente, quatro bancos emitem o cartão: Bradesco, Banco do Brasil, Nossa Caixa e Caixa Econômica Federal.

Se a ideia é colocar as contas em dia, antecipar o recebimento de cheques ou cartão de crédito ou garantir o pagamento do 13º salário dos funcionários, por exemplo, o ideal é fazer um empréstimo para capital de giro. "Há linhas de crédito adequadas para cada caso. Por isso, é muito importante que o jornaleiro procure uma instituição financeira para ter a orientação adequada", ressalta Gustavo. Cada banco trabalha com taxas, prazos e valores diferentes, para atender a necessidade de cada empresa. As condições são definidas de acordo com os critérios de cada instituição, como restrições de crédito e apuração da capacidade de pagamento. Se aprovado, o empréstimo fica disponível para ser utilizado quando necessário e pode ser solicitado por telefone, ou mesmo pela internet.

E se mesmo com todo planejamento o pagamento do empréstimo começar a ficar pesado para o seu bolso, não caia na inadimplência. "Quando perceber que tem uma dificuldade no fluxo de caixa, o jornaleiro deve procurar o credor e buscar uma renegociação", alerta Ary.

Saiba mais
www.mte.gov.br/proger/
www.cartaobndes.gov.br/


*As taxas de juros e condições de pagamento estão sujeitas a alteração. 




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