Dia 5 pela manhã foi a oportunidade de conhecer um pouco como funciona a cobertura política da maior revista semanal de informação do Brasil. O jornalista Policarpo Junior, da sucursal da Veja em Brasília, falou sobre os bastidores da cobertura jornalística na capital federal e o papel da imprensa como fiscalizadora do poder público. Policarpo começou relembrando a entrevista bombástica de Pedro Collor e suas conseqüências, passando pelo jornalismo investigativo que também desvendou o esquema de corrupção do governo Itamar Franco e mais tarde a compra de votos para reeleição feita pelo governo de Fernando Henrique Cardoso, além de escândalos envolvendo bancos.
Considerada uma das mais emblemáticas cenas de corrupção já vistas, a imagem que mostra Mauricio Marinho embolsando 3 mil reais e sua ligação com Roberto Jefferson foi o estopim para que a revista passasse a investigar um dos maiores esquemas de pagamento de propina dentro do governo Lula, desencadeando a CPI dos bingos e do mensalão. Policarpo destacou a abordagem absolutamente independente e imparcial com que Veja investiga e publica esses fatos.
Segundo ele, a postura contundente e independente é da maior importância para manter a credibilidade da revista entre nossos leitores. "A venda atingiu picos no auge da crise do governo Lula, no ano passado, vendendo 1.200.000 exemplares, quatro vezes mais que o concorrente mais próximo. Isso mostra que os leitores de Veja não preferem necessariamente matérias sobre saúde ou comportamento. Eles estão interessados, e muito, no noticiário político e no que acontece em Brasília. O nicho político e de jornalismo investigativo provou ter conquistado o interesse dos leitores."